terça-feira, 4 de outubro de 2016

D. DUDU - CONSTANÇA MORAIS

TRAÇOS BIOGRÁFICOS
                                                                               
                           Helena Maria Simões Morais Garcia 

Constança Morais nasceu a 6 de junho de 1903 em Alfié, filha de Christiano de Assis Morais e Maria José Fraga de Assis Morais. Passou a sua infância na convivência de seus irmãos: José Borges, Joaquim Constâncio, Maria Constança, Abelardo, Alberto, Alonso, Nair, Geraldo, José Cecílio, Lafaiete, Manuel Lúcio, Maria Luzia, Helvécio e Domingos Sávio. 

Conviveram também juntos aos irmãos Da Luz (Maria da Luz Santiago) e José Mateus de Vasconcelos, filhos de sua irmã Maria Constança. 

Alfié, pequeno distrito de S. Domingos do Prata, teve a sorte de ter o Professor Christiano, formado no Caraça, homem culto e severo como foco de luz na instrução. 

Encaminhou seus filhos para o Caraça e as filhas para o Colégio Salesiano de Ponte Nova. A família era grande, mas, os gastos com a educação eram primordiais e assim, Maria José ajudava no sustento da casa costurando para a família e para os conterrâneos. 

Formatura em 1922
D. Dudu se sobressaiu logo que se formou. Trabalhou em Ilhéus e depois a família Morais passou a residir em Dionísio. D. Dudu foi logo convocada para ser professora no G. E. Dr. Gomes Lima e em 27 de outubro de 1928 assumiu o cargo de diretora, aposentando-se do mesmo em abril de 1954. 

Professoras do Grupo Escolar Dr. Gomes Lima em 1923
Brilhou nas Semanas Pedagógicas do Estado. Convocada pela Secretaria de Educação foi ao Triângulo e ao Sul de Minas, levando às colegas as novas idéias sobre educação. 

Era autodidata. Piaget, seu mestre. Além disso, se tornou poeta. Escrevia para as crianças, proficuamente. Teatros, as peças mais trabalhosas, faziam o sucesso nesta cidade e nas redondezas. Bailados, criatividade em jogos lindos, e a criançada participava ativamente. 

Passou a tocar órgão na Igreja. Tinha o coro e apresentava coroações, ofertas de flores a N. Sra, dramatizações, levando mensagens ao povo para a vibração da fé, pois a sua fé era luminosa, radiante. Devota do Sagrado Coração promoveu a Adoração Perpétua e dimanizou o Apostolado da Oração. 

Enquanto teve forças veio a esta Escola, ensinar, ensaiar, divulgar a arte e a fé. Estas são algumas pinceladas para descrever a nossa Mestra Maior. 

Da. Dudu se foi em 11 de novembro de 2001, tendo conquistado o respeito das pessoas e o amor das crianças. Num país onde faltam modelos, ela trouxe valores que ficarão gravados nesta terra e nesta gente para sempre. Reverenciamos sua memória. 
Celebramos sua vida. 

O Grupo Escolar Dr. Gomes Lima, hoje E.M. abrigou por 30 anos uma figura ímpar na Educação. Esta Escola foi a sua vida. Aqui, a homenagem do corpo docente e discente do Gomes Lima, e de sua diretora,
                                                                                       Helena Maria Simões Morais Garcia 


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MINHA MÃE

Maria Auxiliadora Morais Figueiredo Neves



Desde que me entendo, minha mãe é uma artista. Isto custei a perceber. 

Na minha infância eu queria muito que minha mãe fosse de forno e fogão. Ao lado da gamela onde Vovó Cotinha amassava suas broinhas de melado, descobri uma magia. Pois, todos os vizinhos e parentes que pegavam na massa para transformá-la em biscoitos, bolacha e pão, povoavam a minha cabeça. Eram os biscoitos de polvilho de D. Leca, as rosquinhas de amoníaco de minha prima Clarice e os doces que Genita carinhosamente me oferecia. 

Mas, minha mãe não fazia nada disso! Pequenina, descobri a padaria do Sio Landico e a sua "sopa dourada". Na pontinha dos pés eu via a crosta da "sopa dourada" cheia de canela e imaginava a mágica de fazê-la. Os meus irmãos e eu nos contentávamos com a broa caseira de nossa Crioula, Rosina, nossa Mãe Preta muito amada. 

A minha mãe cuidava de dirigir o Grupo Escolar Dr. Gomes Lima, fazer teatro, freqüentar Semanas Pedagógicas no Estado e delas participar, e fazer versos. 
Meu pai a admirava! Tudo, mas tudo que ela fazia ele valorizava! 
Vestia no melhor bom gosto e a incentivava! 

Mas, dos serviços da casa minha mãe nunca entendeu. Talvez, por isto desde cedo deixou-me freqüentar as aulas de trabalhos manuais no Grupo Escolar e logo fiquei craque na bainha laçada. 

Dêdê (Irmã Éder) e Tiná, amigas de infância e de brincadeiras por quem até hoje tenho maior amor, acompanharam-me nas trajetórias da minha vida infantil e dela fizeram parte. 
Mamãe firmou-me no amor ao livro. E deu-me um sol na infância, a minha professora D. Irene Araújo, que acreditou em mim desde criancinha. Ler eu já lia para todas as visitas, porque aprendi cedo demais e lia para todas que chegavam a minha casa. Fiquei tão imprudente que, chegava a visita, eu chegava com o livro! Mamãe me deu asas, despertou os meus vôos e os meus sonhos. Mas, eu queria, porque queria uma mãe caseira, uma mãe doceira, quitandeira, biscoiteira. 

Entendi mais tarde que minha Mãe era diferente de todas. Minha mãe era uma Artista. E também uma Educadora. Na educação, desvendando o mundo, abrindo fronteiras, descortinando horizontes, fazendo uso da liberdade pessoal, agregando as pessoas para que a solidariedade fosse um fato. 

No Grupo E. Dr. Gomes Lima, havia uma experiência de pensamentos estimulantes, de descobertas, reflexão, debates e críticas que com o corpo docente levava até a arte como forma de aprimoramento e busca da apreciação do belo. 0 Grupo era um laboratório, todos participavam tirando do nada um mundo de fantasias. Bailados, comédias, dramas e a arte em Dionísio eram notícias. Quem, aluno do Gomes Lima, no tempo de D. Dudu se esquece dos auditórios, das festas cívicas, dos teatros? E quem na Igreja se esquece do seu coro e representações? As coroações a N. Sra, oferta de flores e a devoção ao Sagrado Coração? 


Seu exemplo de fé ainda é vivo. D. Dudu foi um marco. É uma estrela! 
Não é com orgulho que me refiro a ela. É com admiração! Pois Mamãe foi mãe de todos que com ela conviveram. Como disse Dr. Weber Americano, "cada um de nós, dionisiano, trás dentro de si, um pedaço de D. Dudu". 

Mamãe despertou a minha busca científica na educação. Ensinou-me que só estudando eu seria uma educadora profissionalizada, e me estimulou sempre. Não se contentou nunca com o meu pouco, queria e exigia de mim, o meu muito. 

Ensinou-me que educar é uma tarefa de amor. 
As noções de vida se aprendem na infância, ou nunca mais. Não é questão de classe ou fortuna, as circunstâncias que se criam, as oportunidades que surgem, as direções que a providência propõe ao homem devem ser tomadas por nós, não como simples oferta mas, como uma sugestão e às vezes uma ordem. 

O que distingue a grandeza que não é apenas um dom de nascença, porque também se pode formar e cultivar, é a capacidade de preparar-se, aceitar responsabilidades e usar com firmeza e sem pressa as oportunidades de fazer o que se sabe e o que se pode. 

Hoje, eu compreendo a artista — minha Mãe — que viu o mundo com olhos diferentes e que mora em meu coração mais admirada do que nunca. Mamãe, Eu te amo ! Eu te sinto ! Eu te vivo ! 

Sua filha, Dora.

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MINHA VÓ


Luluzinha Drumond
Falar de Vovó Dudu é falar sobre a magia que inebria o coração de quem idealizava um mundo pleno de harmonia. É citar o amor, a natureza, o amanhecer, o entardecer, a tristeza fazendo com que a mesma se torne alegria através da vontade e do desejo que, acima de tudo, devemos ter para que possamos vencer. 

É lembrarmos da música, dos gestos suaves, do caminhar lento, mas de quem sabia o que queria. 

É ter o discernimento para saber o quão é necessário se ter sentimento, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo. 

É finalmente, ter a consciência de que pequenas coisas podem se tornar grandes, desde que saibamos observar e sentir. 

Abriu caminhos, mostrou as metas, acelerou a construção de um mundo sem fronteiras. 

Criou uma atmosfera na Escola cujo objetivo educacional primou pela supremacia da espiritualidade, buscou o milagre da vida no meu, no seu e nos corações de todos que com ela conviveram. 

Mulher frágil, mas de coração grande, desejo e vontade aguçados através de seus atos e ações que hoje são história em cada um de nós. 

Minha Avó, maior que o tempo e o local em que viveu! Mestra completa e infinita! 

Te amo. Sua neta.


Giovana M. Figueiredo Américo 
Mãe, mestra e poeta! 
Durante sua existência sempre foi uma vencedora. 
Conquistou o respeito das pessoas deixando por onde passou um mundo melhor do que encontrou. 

Exemplo de fé, sabedoria, e coragem. 
Ensinou a todos nós, que a vida é um aperfeiçoamento constante, que no coração de quem é bom, Cristo ressuscita todos os dias. 

Veio para viver a glória do amor, na luz da beleza! 
Incansável e generosa, exprimia em suas obras literárias os mais belos sentimentos. 

Acalentava-nos com suas músicas e preces. 
Para ela, quanto mais difícil fosse o trajeto a percorrer, se acreditássemos em nós e na força de Deus, motivo não haveria para nos assustar ou nos acovardar diante do que viria pela frente. Só precisávamos ter fé e agir. 

Com certeza, dificil definir com palavras uma pessoa que é parte integrante de nossa história. O que sentimos hoje, o futuro exibirá para todos. O que dizemos numa só voz, o futuro o repetirá em cem vozes. Devemos a ela muito do que somos hoje. Temos orgulho de ter feito parte de sua vida. 

Mãe, mestra, poeta e estrela, que brilha e acalenta que continua a nos proteger, vibrando e torcendo pelo nosso sucesso. 

Saudades... eternas saudades... 

Respeito e gratidão pelos ensinamentos, sorrisos e carinhos recebidos. Sua neta.


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TIA DUDU
                                                                                             Paulino Cícero de Vasconcelos
Eu não vivi ao lado da Tia Dudu. Visitei-a muitas vezes e, outras tantas, mais ainda, dela ouvia falar, sempre com testemunho de bondade, de inteligência e de sensibilidade. 

Em tudo que li nas páginas que este livro (O AMOR EM VERSOS - Lembranças de D. Dudu) contém, eu prefiro recolher duas referências, que, para mim, definem com precisão a Tia Dudu que povoa o meu imaginário. A primeira, da neta Giovana, que na força do verbo definiu todo o caráter personalíssimo dela: "veio para viver a glória do amor, na luz da beleza". A frase representa a sublimação de quanto se possa dizer de alguém, que transformou cada hora de seu viver em perene desabrochar do amor. 

A segunda, de nosso Weber Americano, que diz drumondianamente: "Cada um de nós, dionisiano, trás dentro de si um pedaço de D. Dudu". Não só, digo eu, os que no torrão do Dionísio nasceram, mas, também os que puderam, como eu, embora por pouco tempo, mergulhar de azul e branco na atmosfera do Gomes Lima, marcada pela hipercinese, riqueza de iniciativas, preparando o homem para a complexidade da vida moderna. 

Há uma obra que fez grande sucesso antes de eu nascer. Pude ler na biblioteca de meu pai: "O Livro de San Michele", do médico sueco Axel Munthe. Suas dez últimas páginas deveria! figurar nas melhores antologias mundiais. O autor figura-se na passagem desta vida para o julgamento da eternidade. Passa por São Pedro, que, cansado e ranzinza, gira os gonzos de ouro das portas do céu. E enquanto ele caminha para o grande anfiteatro, onde será julgado por toda corte de Santos e Serafins, vai vendo pelos jardins do Éden aquelas figuras todas marcadas pela simplicidade, cada uma repetindo lá o que aqui produziu em benefício do próximo e da humanidade. Até o velho jardineiro de Paris, que certo dia o acompanhara na visita a uma vítima da peste, e que retirara seu velho e remendado casaco de inverno para amparar o pobre necessitado. Lá estava ele — diz Axel Monthe, nos jardins do céu, colhendo galhos secos no chão e formoseando aquela bem-aventurança. 

Agora, aqui fico eu imaginando Tia Dudu no céu, marchando com as crianças para o Sete de Setembro, ensinando a declamação e pequenas cançonetas, reluzindo de amor para a glória eterna do Senhor! 

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MENSAGEM A D. DUDU
Vilma Noel
O amor nunca morre para os que são como anjos no céu e na terra. 

Você é uma estrela que continuará sempre brilhando entre nós. 
É também um arco-íris, pois, viveu cheia de ideais e somente para contribuir. 

Obrigada D. Dudu, por seu amor, pela sua luz, inspiração, exemplo, dedicação e serviço que prestou a nossa comunidade. 

Por favor querida, continue tendo paciência conosco, enquanto nós aprendemos como aceitar e curtir o seu presente com gratidão e bençãos. 

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HOMENAGENS

Licinio Garcia 
A longa existência de Constança Morais ..., foi um continuado exemplo de correção, amor ao próximo, e de bondade. A sua vida foi uma trajetória firme, em caminho reto. 

Quando era diretora no antigo Grupo Escolar Dr. Gomes Lima, tinha o dom de transmitir, colocando na mente de seus alunos a sabedoria e criando em seus corações raízes profundas de enorme reconhecimento e retidão. 

Ao assumir a direção do Grupo Escolar como Diretora, principalmente naquela época que a nossa Dionísio era apenas um Distrito de São Domingos do Prata e não tínhamos representação alguma no Estado, a Diretora tinha que lutar para manter a Caixa Escolar e reformas. 

D. Dudu foi uma heroína e muito lutou pela educação nesta terra. 

Como aposentada não se acomodou, assumiu o coro nesta Igreja como cantora, instrumentista e letrista; foi de fato uma poetisa. 

Dionísio muito lhe deve; somos reconhecidos, e Deus lhe dê a recompensa. 
Era uma mulher preocupada com o bem-estar do próximo, tinha um coração caritativo e simples, .... 
...
Por muitos e muitos anos seu nome será lembrado, como uma boa amiga, a Mulher que preocupava com o bem comum. 

Morreu materialmente, seu nome continuará vivo em nossos corações. 

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Maria José Mendes Morais (D.Pitoca)
Uma homenagem a quem foi presença 
na Família e comunidade. 

Ensino, criança. 
Religião, fé. Letras, poesia. 
Som, música. 

Presença na Casa de Deus expresa no dedilhar do teclado. 
Era assim... Foi assim! 

Integra a história de Dionísio pelas suas raízes, e participação direta na comunidade, através da Escola "Dr. Gomes Lima" onde transmitia uma mensagem de vida: entusiasmo, dedicação, cultura, em sua jornada! 

Sua presença no lar, no ensino, na religião, sempre vinculada ao desejo de servir traços predominantes, importantes, que marcaram a sua existência. 

E fica D. Dudu, o seu exemplo. 

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Ivanir Américo
Eu vejo a dinâmica D. Dudu na sala da diretoria, com a sua lupa aos olhos, revendo os documentos, estudando, lendo, sempre atarefada, nos chamando para uma conversinha... 

Eu a via nas salas de aula, dando os seus sábios conselhos, orientando-nos; no pátio, quando nos organizávamos para entrar para as salas de aula, fazendo a oração, dando uma catequese... nos ensaios para as festas, com os "números" que ela mesma, na sua imaginação extraordinária, criava! 

Vejo, também, a querida diretora, no pátio, nas ruas, com a caixinha de madeira, marcando o ritmo da marcha no Sete de Setembro (Um... dois...) E com que entusiasmo e alegria fazia isto!... Em todas as suas atitudes era movida pelo compromisso, pela fidelidade à sua missão. 

Era uma mulher, uma profissional que amava o que fazia. Que saudade! 
Quantas recordações! Esta presença viva do passado é muito saudável, diria, alegre mesmo. 

Vem-nos à mente a história dela, das professoras D. Irene, D. Guiomar, D. Lotinha, D. Maria Izidora, D. Zinha, D. Berenice, Tia Carmem, D. Nair, dos colegas, de cada um com quem convivemos. São anos inesquecíveis que não acabarão ainda, nem podemos lhes dizer que acabarão um dia. Gozo de tê-los vivos em minha mente.
Foram lições, alegrias, tristezas, risos, lutas cuja somatória é esta vontande permanente de lutar sempre, vencendo ou não.

Com muito carinho a amizade da família, Ivanir, Maristela, Saulo Paulo, Juninho e Lorena. Itabira, 28/11/2001 

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Ivanise Cristina Vieira de Castro Martins (Nanize) 
Para D. Dudu, nossos aplausos. 

Dudu marcou a minha infância e adolescência, tão fortemente que carrego em minha vida, estas marcas profundas e maravilhosas. 

Lembro-me dos ensaios. Dias e mais dias. 
Os seu gestos que tinham de ser imitados, às vezes brava e sempre severa na busca da perfeição. A apresentação cívica ou religiosa tinha que ser perfeita. 
Dramatizações: Eryene, Carla, Camille, Cris, Florence, Thais, Nidia, Belkiss, Fabiana e eu. 
Florence e Eryene estão lá com Da. Dudu no coral do céu. 

Mas, a turma tinha uma grande energia: era cantar, dramatizar, declamar sempre, em meio à travessuras. Mas se D. Dudu, reclamava era com amenidade. 

Sentíamos o quanto participávamos de sua vida e o quanto concretizávamos seu ideal de poeta, de artista. 

Hoje olho na distância do tempo a figura querida de D. Dudu. 
Cada dia que passa fica mais em mim a sua lembrança. 
Ela povoou os nossos sonhos, ocupava nosso tempo e nossa mente. 

"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho, mas não vai só, nem nos deixa só. Leva um pouco de nós mesmos deixa um pouco de si mesmo. Há os que levaram muito amor há os que deixaram muito". Estas palavras resumem o que quero dizer sobre D. Dudu, sobre o que ela representou em nossas vidas: Eryene, Carla, Camille, Cris, Florence, Thais, Nidia, Belkiss, Fabiane e Cibele, juntemos nossos corações, fiquemos de pé, e vamos juntos bater palmas para esta grande Mestra, Poetisa e Artista que pincelou as nossas vidas com sua marca, seu saber, sua amizade, seu carinho, sua arte e sobretudo seu exemplo. 

Somos muito hoje, do que foi Da. Dudu. 
Palmas! Muitas palmas! Beijos, D. Dudu. 

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Sandra das Graças Bastos 
Eu não tive, como a maioria dos dionisianos, o privilégio de conviver na infância com D. Dudu. Aqui cheguei já na adolescência e os primeiros contatos que tive, foram no colégio, na igreja e por fim, familiar.

No Colégio, Da. Dudu às vezes aparecia para substituir sua filha Auxiliadora, que era professora de ciências. Era muito interressante sua participação ali como professora substituta. Naquela época (final dos anos 60) Da. Dudu já era Diretora aposentada, cheia de experiência e sabedoria; quando se colocava diante de nós, toda vaidosa, perfumada, sempre com a lupa na mão direita, tentava dentro de cinqüenta minutos, sintetizar o máximo seus conhecimentos e nos repassar, sem muito rodeio: "ciências é a vida", não há complicação em aprendê-la. 

Nunca nos falou apenas de ciência, falava sobre a vida, sobre competência, caráter. 
Sua aula era de formação cidadã. 

Na Igreja, sua postura não foi diferente, sempre criando, inovando, rodeada de crianças fazia das missas e das festas religiosas uma verdadeira apoteose. 
Suas criações que eram feitas em cima da fé, traziam o Cristo para juntinho de nós. 
D. Dudu dava vida a fé e a igreja. 

Ela foi nossa educadora, músicista, poetiza e dionisiana de alma. 

Dudu, sou grata ter tido oportunidade de conviver com você. 
Trago dentro de mim seu exemplo. Obrigada 

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ICONOGRAFIA

D. Dudu


José Glicério


Grupo Escolar Dr. Gome Lima


D. Dudu e as crianças em 1935

Homenagem aos professores em 1951
  



Encontro de professores aposentados em Dionísio - 1992

Familiares em São José do Goiabal

Familiares em São José do Goiabal


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Textos extraídos do livro "O AMOR EM VERSOS" - Lembranças de D. Dudu
Organizado por sua filha Maria Auxiliadora Morais Figueiredo Neves


Formatação e publicação por Fábio Americano em Outubro de 2016
Associado Efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de MG
Cadeira 86- Patrono Daniel Serapião de Carvalho

2 comentários:

  1. Parabéns ao Dionisiano pelo resgate da memória das famílias ilustres da região!

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  2. Alguém tem o contato de Maria Auxiliadoras Moraes de Figueiredo Neves? Preciso falar com ela. 31988222946.Obrigada

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