Honra
imensa estar aqui na Academia Mineira de Letras nesta rememoração de uma das
figuras marcantes da História do Brasil e, peculiarmente de Minas, ao ensejo de
seu centenário de nascimento, ocorrido a 18 de janeiro deste ano: o Deputado
Pe. Pedro Maciel Vidigal, homem público de excepcionais qualidades, respeitado
e respeitável.
Por méritos insofismáveis alcançou uma
louvável notoriedade.
Calha de maneira apropriada a homenagem
prestada a este vulto que hoje se reverencia, mormente por três razões: foi um
notável parlamentar, um grande biógrafo e um brilhante literato.
________________________________________O PARLAMENTAR
A política é a ideia e fato, teoria e prática, lição e vida. É ciência e experiência. É uma arte grandiosa e complexa de concretizar, de cumprir ideais a favor da sociedade.
No proscênio da história política brasileira
se destacam gigantes muitos dos quais pertenceram e fazem atualmente parte
desta Academia Mineira de Letras.
Ao tomarmos posse na Cadeira 12 deste Cenáculo
de Letrados, dia 31 de maio de 2007, lembrávamos dois antecessores, políticos
estremes, inteiriços e de bronze, de autoridade indiscutível e caráter sem
jaça: Tancredo de Almeida Neves e Alberto Deodato Maia Barreto.
Referíamos, também, ao atual Presidente deste
sodalício Murilo Badaró que já exerceu importantes cargos públicos como
Secretário de Estado e Ministro da Indústria e Comércio, além de vários
mandatos de Deputado Estadual e Federal, Senador da República e Prefeito da
cidade de Minas Novas.
Pe. Pedro Maciel Vidigal foi também um
Político na plena acepção da palavra, por que possuiu sempre uma vontade férrea
de agir, visando unicamente o progresso social da coletividade, demonstrando
rara competência a serviço do bem comum.
Nos seus atos não houve jamais concessões
contrárias às necessidade do povo e dos interesses do Brasil.
Nunca descreu da potencialidade de nossa gente
e nunca a transformou em massa de manobra.
Não fez parte da elite dominante que age
preconceituosamente julgando que os menos favorecidos pela fortuna são
ignorantes, ineptos e, até, impedem por todos os meios que o senso crítico seja
um patrimônio comum.
Para entrar na vida política ele se inspirou
nos pensamentos de notáveis escritores e teólogos, como Ghandi, Pio
XII e João XXIII, citados, no seu livro “Ação Política” *1.
Eis o que disse Ghandi “Não poderia eu levar vida religiosa se
não identificasse com a humanidade inteira, e isso eu não poderia fazer se não
tomasse parte na politica. Toda a gama das atividades humanas constitui, hoje
em dia, um todo indiviso. Não podeis dividir, em compartimentos estanques,
trabalhos sociais, econômicos, políticos e puramente religiosos”. Outrossim
se estribou nestas palavras de Pio XII: “É tal o domínio da Política que tem
por objetivo os interesses da sociedade inteira, que, neste sentido, é o campo
mais amplo da caridade, da caridade política, da caridade da cívitas, da qual
se pode dizer que é superior a todas as demais, exceto a Religião”. Nem
lhe faltou o incentivo de João XXIII: “O bem comum concerne ao homem integral
com as suas necessidades espirituais e materiais, e envolve a totalidade das
condições de vida social que o homem necessita para lograr plena e facilmente
sua completa perfeição pessoal”.
Pôde altaneiramente depois afirmar não ter
sido um “semeador de ilusões no meio do povo” nem seduziu “o eleitorado de
minha terra com promessas bonitas mas estéreis, irrealizáveis” *2.
Tinha, de fato, do Estado e do Poder uma
concepção filosófica profunda, colocando em prática tudo que hauriu no estudo
dos melhores cientistas sociais.
Sua cultura humanística era impressionante e
isto o fez conselheiro de compatriotas famosos como o Presidente Juscelino
Kubitschek e o governador Bias Fortes e interlocutor do Presidente Getúlio
Vargas.
Foi um lidador intemerato não conspurcando
seus princípios éticos, pelo que enfrentava com coragem as forças ocultas que
tramam contra a felicidade geral dos cidadãos.
Lutou sempre pelas reformas sociais que
beneficiam as camadas mais baixas da sociedade com uma paixão desmedida pelo
progresso da nação, sobretudo dos territórios nos quais exercia sua benemérita
ação política.
Sua preocupação constante era transmitir
otimismo, devotamento ao trabalho, respeito à coisa pública, defesa
intransigente da verdade perante os caluniadores.
A favor do Fundador de Brasília e seus
correligionários esta censura a seus inimigos: “As palavras dos detratores e
dos difamadores de Juscelino e seus amigos não fazem consonância com a verdade
e retratam o angustioso estado doentio de espírito dos que já perderam
completamente o crédito no meio do povo brasileiro”. *3
Pôde afirmar de cabeça erguida que sempre
procurou valorizar a pessoa humana “no seu principal Patrimônio: a saúde e a
instrução. Se a saúde, dizia ele, é que lhe permite trabalhar, é a instrução
que lhe permite trabalhar bem” *4.
Ergueu não apenas prédios, mas ainda canalizou
recursos para infraestrutura de muitas cidades e vilas, visando o conjunto das
instalações necessárias às atividades humanas como rede de esgotos e de
abastecimento de água, energia elétrica, coleta de águas pluviais e diversos
melhoramentos, benfeitorias que não apareciam, mas de vital importância para os
cidadãos.
A Política foi para ele sempre um instrumento
com que trabalhou pela felicidade do povo e pela promoção do bem estar durável.
Em vários de seus livros pôde estampar fotos
dos seus empreendimentos a favor das populações e relatou agradecimentos e
aplausos de eminentes figuras do clero e de autoridades civis reconhecidas pelo
seu trabalho social.
Por tudo isto tinha como verberar os maus
homens públicos e foi mordaz ao se referir aos incompetentes que se apossam dos
cargos eletivos para iludir os seus eleitores. Com coragem denunciou: “E a cada
momento, estamos assistindo o triste espetáculo de Deputados e Senadores
descendo a baixezas incríveis, a fim de verem se lhes serão oferecidos
Ministérios ou Governadorias. Superestimando a sua inteligência e a sua
capacidade de trabalho para promover o bem-comum durável, há políticos que se
julgam em condições de aceitar sobre os ombros cargas que lhe superam as
forças, sobretudo as do espírito. Confiam
demais em si mesmo, esquecidos de que na confiança se há de ter tal meio que
não seja pouca, que possa ser nociva ao bem público, nem tamanha que chega a
ser perniciosa. Não sabem por a estimação própria em seu peso razoável. E,
atrevidos, entram na área da temeridade, correndo o risco de as suas ações não
saírem com o acerto desejado. *5
Alertou contra os aventureiros que se
apresentam como salvadores da pátria: “Sucessivos fiascos e malogros estão
marcando a divertida existência de alguns intrometidos que, por conta própria,
sempre aparecem querendo subir até onde não conseguem chegar com seus ignorados
merecimentos. [...]
Apresentam-se como competentes para os
difíceis trabalhos desse ou daquele ofício que lhes superam as forças. Andam
esquecidos de que todos os arrojos do homem só serão felizes se forem
governados pelos freios da razão e da prudência. *6
Vergastou sempre os oportunistas e
prestidigitadores, aqueles que, uma vez eleitos, esquecem sua Região, políticos
em véspera de eleição que têm seus currais eleitorais como campo predileto para
aí semearem ilusões e iludirem o povo.
Sobre sua atuação na Tribuna este depoimento
do Deputado Pe. Nobre que foi vice-presidente da Câmara Federal é uma síntese
gloriosa: “Lá de cima, à mesa da presidência, eu me deleitava em sentir, como
suas falas, todas elas enriquecidas de oportunas citações em Latim, deixavam
boa parte daquele plenário estupefata diante de tanto saber. Aliás, por
oportuno, eu sempre o tive e proclamei como um dos melhores latinistas de nossa
geração e como rigoroso cultor da língua pátria”. *7
________________________________________
O BIÓGRAFO
Especializou-se o Pe. Pedro Maciel Vidigal na
biografia, uma vez que na alheta de Plutarco soube traçar o perfil
caracterológico e os grandes feitos de varões ilustres.
Embora tenha sido um notabilíssimo
genealogista, imortalizando-se pela sua volumosa obra “Os Antepassados” *8,
encomiada com admiração pelos experts desta ciência, como biógrafo, contudo,
foi, em nossa pátria, um dos mais brilhantes biografistas.
A Biografia não pode ser uma mera narrativa
factual da existência de uma pessoa, mas deve ser também uma abordagem de um
ponto de vista crítico e não apenas historiográfico.
É o que com raro talento conseguiu o Pe. Pedro
Maciel Vidigal ao focalizar gênios cujo engenho engrandeceu a humanidade.
Libertou-se inteiramente dos defeitos usuais
desta categoria histórica.
Não foi um mero apologeta, nem divinizou os
seus eleitos, transformando suas verrugas e máculas em traços de beleza e,
muito menos, foi uma biografia depressiva, amaldiçoando simplesmente possíveis
erros humanos que não precisam ser justificados, mas outrossim não devem ser,
sem razão e com sadismo, o foco principal da existência do biografado.
Não tinha olhos de lince para ficar pinçando
defeitos alheios, mas para diagnosticar o contributo oferecido à humanidade.
Regozijava-se em exaltar o caráter impoluto
daqueles que se distinguiram como benfeitores da sociedade.
Seja dito, inclusive que, desta maneira, ele
acoimou a atitude daqueles que “preferem imitar a mosca a que corre pelas
partes sãs de uma maçã, sem reparar nem achar gosto nela, porém, chegando à
parte podre, ali descansa, ali repara. *9
Eis
por que assim se referiu a Benedito Valadares: “Tinha defeitos, Mas a eles
contrapunha grande conjunto de belíssimas qualidades. Uns, mais, outros, menos,
todos têm os seus. Até nas maiores e mais lindas obras da natureza, vamos
encontrá-los, a cada momento. Por exemplo: a rosa é a rainha das flores, e vive
entre espinhos; o pavão é o rei das aves, e tem deformidades nos pés; a baleia
é a rainha dos mares, e tem a vista muito curta; o ouro é o rei dos metais, e
tem as suas fezes; o sol é o rei do espaço sideral, e tem as suas manchas!” *10
Preferiu então discorrer sobre o gosto da luta
e a paixão da vitória como características principais deste seu biografado.
Fustigou o Marquês de Pombal como “Despótico Ditador”, “Perseguidor dos
Jesuítas”, mas demonstrou outrossim que “os requintes de crueldades praticadas
durante o seu governo não impediram Pombal de figurar entre os maiores
estadistas de Portugal”. *11
Se assinalou as mazelas do Primeiro Ministro
do rei Dom José I, não deixou de relatar os benefícios que trouxe à nação
portuguesa, de norte a sul, “levantando-a do marasmo em que jazia” *12
Adite-se que, apesar de sua franqueza, em
tantos de seus textos, se nota muitas vezes a delicadeza dos irônicos
adjetivos.
Assim, por exemplo, ao se referir a certo
Presidente da República, cujas qualidades ele destacou, mas que não era nenhuma
sumidade, escreveu que este Presidente possuía “uma razoável cultura”.
Aos críticos do citado Benedito Valadares ele
chamou de “ligeiros analistas”.
A certos homens públicos que careciam de
cultura ele os caracterizava como “ligeiramente alfabetizados”.
A quem era pretensioso denominou de “vaga-lume que queria ser estrela”.
De quem não escuta os outros proclamava: “Ele
não sabia porque a natureza lhe dera dois ouvidos”.
Muitos foram os homens ilustres do Brasil que
mereceram sua atenção, mas dignas de especial menção são sobretudo suas paginas
sobre o Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, os Presidentes
Juscelino Kubitschek de Oliveira e Getúlio Dorneles Vargas, os Arcebispos D.
Silvério Gomes Pimenta e Dom Oscar de Oliveira, os Bispos D. José Belvino
do Nascimento, D. Francisco Barroso, Dom Sebastião Roque Rabello Mendes.
No âmbito universal originalíssimo o estudo
que fez dos sete sábios da Grécia: Quílon,
Sólon, Bias, Pítaco, Cleóbolo,
Periandro
e Tales de Mileto e o que escreveu sobre Virgílio, “o poeta maior da
latinidade”.
Entre os santos da Igreja São José e Santo
Hilário de Poitiers lhe mereceram panegíricos insuperáveis.
Soube fazer com propriedade o elogio de
grandes oradores ao discorrer sobre a “Eloquência”. *13
Em Roberto Campos destacou a vastidão e a
profundidade dos seus sérios estudos clássicos, filosóficos, políticos,
financeiros, econômicos. Diz textualmente: “com o seu talento de incomparável
grandeza, ele é uma das mais poderosas e fulgentes condensações da cultura no
Ocidente. [...] Nas suas palavras todos admiram sólido das suas doutrinas, a
viveza do seu engenho, e a fecundidade de sua imaginação criadora”.
Sobre Juscelino Kubitschek mostrou que em seus
belíssimos discursos resplandecia a brilhante e fecunda imaginação do poeta e
nele palpitava o coração do Brasil.
Destacou Afonso Arinos que falava com
facilidade e clareza. O segredo da sua eloquência estava no esplendido arsenal
de lógica e de erudição de que dispunha e sabia usar primorosamente. A lucidez
do seu espírito e a vivacidade de suas palavras comunicavam aos seus discursos
notável força que dominava completamente qualquer auditório. Não
economizou elogios a San Tiago Dantas que era claro e sabia convencer. Afirmou
então que “na sua boca as palavras se convertiam em oráculos. [...] Ourives da
prosa, sabia cinzelar seus primorosos pensamentos. Tinha gênio que é muito mais
importante do que ter talento, visto que o homem genial vale milhares de homens
de talento juntos ”.
Milton
Campos também não ficou olvidado e exclamou: “Como ele falava bem! Com
seriedade. Com acerto. Com autoridade”.
Até
Carlos Lacerda mereceu o seu aplauso. Destacou sua fogosidade, mostrando que
ele explodia, trovejava. Sua palavra era fulminante como o raio, assombrosa,
metia medo a muita gente. Violentíssima provocava incêndios e terremotos.
Poderosa, abalava regimes políticos.
Sobre Tancredo Neves disse que tinha a palavra
rica de beleza e de substância. Possuía dicção impecável e o gesto sóbrio e
preciso. Na tribuna era simples, elegante e castiço. A audácia do pensamento e
a opulência da cultura faziam dele orador muito apreciado.
Sua piedade filial o levou a retratar com sumo
carinho e justiça seu pai Feliciano Duarte Vidigal e sua mãe Augusta Vidigal
Ferreira Maciel.
Fazendo-se Biógrafo, ele seguiu a determinação
bíblica: "Façamos o elogio dos homens ilustres, que são nossos
antepassados, em sua linhagem" (Eclo 44,1).
Deste modo prestou um inestimável benefício à
História das Ideias, mesmo porque ele muito pesquisou nos Anais da Assembleia
Legislativa do Estado de Minas Gerais, da Câmara dos Deputados, do Senado do
Império, do Senado Federal e no Arquivo da Cúria Metropolitana de Mariana, no
Arquivo Público Mineiro, no Arquivo de várias Prefeituras, no Arquivo do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e em inúmeras coleções de
Jornais, como L´Osservatore
Romano, Correio da Manhã, Correio Brasiliense, Diário de São Paulo, Estado de
Minas, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil, O Arquidiocesano de Mariana, Minas
Gerais – Diário Oficial e em Livros de Tombo de várias Paróquias.
Adite-se que ele vasculhou os melhores autores
e desde longa data, como costumava dizer, considerava perdido o dia em que não
consagrava, algumas horas para agradável convívio com grandes pensadores
antigos e contemporâneos, em sua biblioteca. Na comemoração de seu natalício,
dia 18 de janeiro de 2002, ao agradecer as homenagens de que foi alvo, em
comovente discurso no final da Missa de Ação de Graças, assim se expressou: “O
tempo vai passando, mas nunca deixei de ler e de estudar, ao menos durante quatro
horas por dia, a fim de mais instruir-me, visto que a instrução nunca enfastia
nem aborrece” *14
________________________________________
O LITERATO
Como literato se ressalte de plano ter sido
ele um orador fluente culto, tocando as mentes e os corações com sua palavra
imantada de eloquência. Colocou, in totum, em prática o que ele mesmo escreveu:
“ Ser eloquente consiste em saber achar com agudeza, em anunciar com clareza,
em dispor sem confusão”. *15
Autor de vinte e três volumosos livros e
inúmeros opúsculos, incluídos entre eles seus decantados discursos
parlamentares ou de paraninfo, nos quais rebrilham sua vasta erudição e
admirável ilustração. Neles, ao lado da beleza da forma, se admira o valor do
conteúdo, sendo que não se pode escrever uma boa parte da História de Minas e
do Brasil sem pesquisar nestas obras que têm subsidiado até teses
universitárias de sumo valor.
Márcio Garcia Vilela dia 21 de julho de 2001,
referindo-se aos escritos Pe. Pedro Maciel Vidigal assim se expressou no jornal
“Estado de Minas”: “Tudo refogado no saboroso tempero da linguagem enxuta de
quem realmente sabe escrever”. *16
De
fato, quem faz uma análise crítica de seus livros e artigos percebe o quanto
enalteceram a cultura literária brasileira.
As
fráguas do gênio assemelham-se às fornalhas das antigas locomotivas que iam
sempre resfolgando e sacudindo chispas.
Eis
porque sobretudo ao abordar sua faceta de literato, se tentará colher algumas
fagulhas deste talentoso escritor aquecendo e justificando as assertivas que
serão exaradas.
Nem nas páginas de Tácito, nem nas antológicas
expressões de Cícero se encontram tópicos tão pulcros como este: “ Uma rosa
parece obra de talha, aberta com inimitável delgadeza. A açucena dá a impressão
de que é composta de folhas de prata, estendidas ao martelo. Em outras flores
encontramos várias espécies de medidas e artificiosas correspondências, figuras
triangulares, quadrangulares, pentagonais, hexagonais, retilíneas, oblíquas,
piramidais, cilíndricas, esféricas... todas com tão perfeita proporção, como se
fossem traçadas e delineadas com régua e compasso.
Como
se fosse oculto fabricante de perfumes, o jardim exala fragrâncias. Com secreto
pincel, matizados são os campos na primavera. Em laboratório invisível, se
destila o orvalho das manhãs de maio e de junho. Como invisível fiandeira, a
aurora tece suas galas. E com nunca vista agulha, se recama de estrelas o
firmamento. Todas estas maravilhas da arte de Deus são efeitos de sua ciência,
que, por infinita, quanto mais se contempla, mas se admira” *17
Suas
reflexões filosóficas lembram uma sabedoria aristotélica e rivaliza com o que
de mais pulcro se depara em Gregório de Nissa e em Agostinho de Hipona.
Cintilante esta sua assertiva: “A tendência natural do homem é para o saber. É
para saber mais, sempre mais. A sua inteligência, porém, sempre haverá de
encontrar redutos inexpugnáveis e sentirá a necessidade de crer no
inexplicável, no incompreensível. Ao menos, por motivo de superioridade mental”
*18
Recusava veementemente o conflito entre a
crença e os estudos científicos: “Longe de ser hostil ou indiferente ao
progresso da Ciência a Religião o aplaude, visto que encontra, nele, força para
os seus ensinamentos. *19
Proclamou
peremptoriamente: “ O Materialismo é uma decadência do espírito. A Ciência
seria nada se ao sábio faltasse, ao menos, a curiosidade do Infinito” *20
Admirável
seu conceito de Humanismo “O Humanismo é a valorização do Clássico estimada
pela dinâmica de novas técnicas literárias. A conversão do Classicismo no
Humanismo data dos primórdios da Renascença, com Petrarca que foi arcediago da
Igreja de Parma. Para mim, o verdadeiro Humanismo não opõe a Cultura à
Teologia. Numerosos católicos e eclesiásticos foram grande humanistas”. *21
Sob
sua caneta, ou melhor dizendo, sob as teclas de sua antiga máquina de
datilografia, a formosa Língua Pátria, era como o mármore pentélico sob o
cinzel de Fídias: aviventava-se, deslumbrando os seus leitores com suas formas
peregrinas e locuções surpreendentes.
Estilista
esvelto, escritor adamantino, literato de raro lume na frase e fogos do
pensamento, o verbo do Pe. Pedro Maciel Vidigal despede entoações largas,
antíteses, rajadas subitâneas, imagens ciclópeas, inspirações transcendentes
que o irmanam e identificam com os maiores gigantes de nossa Literatura, como
neste trecho sobre a ambição: “Este vício é companheiro inseparável da soberba
a qual Santo Agostinho definiu como sendo um apetite de perversa grandeza. Tão
inseparável que é mais fácil encontrar o mar sem água, e o sol sem luz, que o
soberbo sem ambição [...] Por mais que se dê ao ambicioso, ele sempre vive
faminto. Sem autocrítica, tudo cuida que merece, e nada julga que o satisfaça.
Os maiores prêmios lhe parecem pequenos, e são considerados como afrontosos a
seus imaginários e fantásticos merecimentos. As suas aspirações não conhecem
limites, parecendo com as chamas que tanto mais crescem quanto maior é o
incêndio.” *23
Como
se pode perceber apesar das cintilações de seu estilo ele transmite com
eficiência o seu pensamento.
D.
José Carlos Lima Vaz, que foi bispo de Petrópolis notou esta peculiaridade ao
escrever ao Pe. Pedro Vidigal: “Aprecio muito seu estilo trabalhado sem ser
rebuscado, na melhor tradição dos escritores em que foi tão pródiga nossa terra
mineira” *24
Aliás,
num de seus mais belos discursos de Paraninfo, pronunciado dia 22 de dezembro
de 1977 ao ensejo da formatura das Turmas de Letras e Estudos Sociais, extensão
da Universidade Católica de Minas Gerais em Mariana, ele aconselhava a seus
afilhados: “Falai com naturalidade. Porque falava naturalmente, com toda a
simplicidade, prezando os termos próprios, Platão mereceu dos ateniense o
título de divino [...] Alertava, “Conhecemos alguns professores, cuja
curiosidade, sobre a sementeira das palavras próprias e nativas, semeou tanta
cizânia de palavras barbaramente pomposas, que o seu pensamento se perdeu por
afogado no meio delas” 25. Por isto mesmo mostrou que o aprimoramento do
vocabulário se obtém lendo os clássicos e colocando em prática a diretriz de
dois grandes mestres: Gautier: “Lisez le dictionnaire” e Litré: “Lisez toujours le dictionnaire”.
Nesta
monumental oração, por sinal, talvez pouco conhecida, publicada na Revista “Rua
Direita”, da Faculdade de Mariana, ele deslumbrou o auditório. O local era
propício: a formatura se dava na Igreja barroca de Nossa Senhora do Carmo que
ainda não havia padecido o desafortunado incêndio o qual mais tarde a
atingiria, e declarou que iria falar então sobre as “Bem-aventuranças do
Saber”. Uma aplicação monumental das oito
beatitudes evangélicas à missão do Professor cuja tarefa foi patenteada
magnífica e uma vivência plena do que o Rabi da Galileia proclamou ao fazer o
retrato falado de seus epígonos no prólogo do Sermão da Montanha. No final
todos de pé o aplaudiram e lá estavam inclusive, entre outras autoridades,
Diretores do jornal “Estado de Minas” que estava sendo, naquela ocasião também
homenageado pelo Arcebispo Dom Oscar de Oliveira, Presidente da Fundação
Marianense de Educação, ao ensejo do cinquentenário deste valoroso órgão da
Imprensa Mineira.
É
de se notar que na prosa deste literato fulge uma fé profunda em Deus. Foi esta
crença inabalável nas verdades reveladas pelo Logos divino que veio a este
mundo que o sustentou sempre nas lides e lutas que enfrentou. Como outrora São
Paulo era um apaixonado por Cristo. Ele mesmo afirmou ser na Fé é que ele
encontrava o sentido da vida, “pois somente ela é que pode elevar as almas para
a Luz”26 . Achava belíssima “aquela interessante lição de Santo Agostinho: Ter
fé consiste em assinar uma folha em branco, e deixar que Deus escreva o que
quer”. *27
Eis
o que disse sobre a Eucaristia: “Se não mais houver Mesa Eucarística, os fiéis
ficarão em jejum do alimento da alma. E, com esta cruel abstinência, em todas
as espécies de vícios a malícia humana ficará cevada. Tudo será dissoluções e
desordens. As paixões vencerão a razão. E, no mundo, só haverá erros e
infidelidades”. *28
Devotíssimo
de Maria se tornou um êmulo dos mariólogos Bernardo de Claraval e Afonso de Ligório
e produziu sobre a Mãe de Jesus páginas maravilhosas. Destaque-se este trecho:
“Em Maria, a misericórdia sempre teve todas as características da Caridade no
que ela tem de mais perfeito. Por excelência, ela é a consoladora dos aflitos,
dos que sofrem. Mas, não satisfeita com esta compaixão afetiva que conforta,
ela tem a compaixão efetiva que ampara qualquer miséria e corre em socorro de
quem a invoca. É a Mãe do perpétuo socorro. Sabe perdoar aqueles que a fazem
sofrer e, o que é mais heróico, aqueles que fazem seu Divino Filho
sofrer.” *29
Poucos cantaram tão bem os louvores
a São José. Eis um trecho esplendoroso, exaltando sua humildade: "Aquele
que não foi Precursor, nem Apóstolo, nem evangelista, nem Mártir, nem
Pontífice, nem Doutor, mas conheceu, serviu e amou Jesus Cristo tanto ou mais
do que eles. É o humilde Carpinteiro de Nazareth. Era tal a sua santa humildade
que os Anjos lhe faziam companhia, muitas vezes prestando-lhe bons serviços. Um
Anjo tranquilizou lhe o espírito quando Jesus estava para nascer. Outro
recomendou-lhe, em sonho que fugisse para o Egito a fim de livrar o Filho de
Deus da perseguição de Herodes e guiou-lhe os passos na longa caminhada de
quase trinta dias. E outro, de lá, o trouxe de volta à terra de onde havia
partido, com Maria e o Menino. Se São José mereceu os obséquios dos Anjos, e se
mereceu o diário convívio de Cristo, durante muitos anos, foi porque a
humildade fê-lo grande, muito grande, o maior no Reino do Céu. *30
É
de se notar finalmente que muitas de suas frases merecem ser arroladas entre os
mais belos apotegmas de todos os tempos. De diversas obras colhemos alguns
destes preciosos aforismos.
“O
silêncio é o pai da palavra e o santuário da prudência.
“A
glória da paciência é sofrer sem culpa”.
“A
vida é feita de ressurreições”.
“A
boa biblioteca é ótima universidade”.
“O
melhor alimento da alma está nos livros”.
“Melhor
não viver do que viver com medo”.
“A
cronologia é um dos pilares da História”.
“Quando
menos se espera a verdade chega em socorro daqueles que a desejam.”
“Os
remédios para a fortuna adversa devem ser preparados na prosperidade”.
“Tormentos
da alma são as paixões que perturbam a paz interior, e nestas perturbações
naufraga a alma.
“A bondade é o verdadeiro distintivo da
nobreza”.
“A verdade ou é total ou não é verdade.
Não existe a meia-verdade”.
Sua penúltima obra tem uma significativa
epígrafe “No horizonte da imortalidade”.
No
jornal Estado de Minas do dia 19 de junho de 2001 mereceu do Dr. Murilo Badaró
um precioso comentário sob o título de “Em honra da velhice”, qualificando este
estudo como “maravilhoso sob todos os aspectos” e exalta “o vigor e a notável
erudição” do autor. Salienta que “fiel ao melhor estilo plutarquiano, analisa
com minúcias a vida de varões mineiros e brasileiros que ultrapassaram os
oitenta anos”.
Fecha
o atual Presidente desta Academia seu artigo com esta sentença lapidar: “No
horizonte da Imortalidade” é um livro notável, produzido pelo espírito vigoroso
de quem teve a sabedoria de envelhecer com dignidade” *31
Segundo
o Professor Arnaldo Niskier, que foi Presidente da Academia
Brasileira de Letras esta obra é “um refrigério para aqueles que vêm na velhice
uma conquista efetiva da vida“ *32
Sem
dúvida a magistral obra “No Horizonte da imortalidade” será uma das melhores
produções literárias, históricas, filosóficas e teológicas que marcará as
letras pátrias neste século XXI.
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CONCLUSÃO
A imortalidade privilégio dos seres que
possuem uma alma espiritual e que o nosso homenageado de hoje já alcançou no
Reino de Deus, mas imortalidade ainda aqui na terra, pois os feitos dos grandes
homens não podem nunca ser olvidados e são lembrados de geração em geração.
Há
de palpitar sempre por toda parte sua mensagem de que a cultura deixa de ser
influente e repercussiva quando não se projeta como fator de consequências
futuras a bem de todos, evitando-se um empobrecimento das esperanças sociais.
Por
tudo que foi aqui exposto ele revive nas saudades da pátria, refulge nas ideias
deixadas num rastilho de luz, no patriotismo de que foi prestimoso, útil,
procurando imitar o Mestre divino fazendo o bem por onde passou.
Sobre
sua memória rebrilha a gratidão dos amigos, das localidades que ele agraciou
com sua operosidade, da pátria que ele honrou como parlamentar e cultor invicto
desta língua pátria que ele abrilhantou como poucos.
O
estilo é o homem, já dizia Buffon, e ler alguma página do Pe. Pedro Maciel
Vidigal é logo identificar o titã da palavra escrita e oral pela beleza do
torneio das roçagantes frases, pela profundidade do pensamento, pela garra com
que a tese é defendida com tal argumentação que deixariam Aristóteles perplexo
e Tomás de Aquino exultante.
Estilo
descomunal de um exímio pensador.
A
intuição dos grandes problemas humanos com ele foi além do poder lógico, frisou
a ideia e tornou esta ideia um fato no espírito pela robustez da expressão.
A
palavra é o sinal artificial, instrumental da ideia que é o sinal natural,
formal da essência da coisa na mente humana, mas nem sempre as palavras
empregadas exprimem com clareza as ideias. Para o Pe. Pedro Maciel Vidigal,
porém, elas traduziram luminosamente os conceitos, mesmo porque estes lhe foram
claros, distintos e adequados e, deste modo, ele idealizava o concreto e
concretizava o abstrato com rara maestria.
Seu
cérebro ostentou uma fulguração quase de um gênio e sua pena tem o talismã de
um mago.
Sua
concepção acuminosa rivalizou com sua palavra soberana. Aquela se desprega em
voos de um Boécio e estas em linhas de um Bramante.
É
que investigando, imaginando, ensinando, combatendo seu pensamento foi todo
luz, e sua frase cor.
Um
perfeito mestre, um literato genial, indefesso cultor da antiguidade clássica e
amante ferventíssimo do Belo.
Tertuliano
e Agostinho, dois leões da África, se vivos, se curvariam ante o vigor
intelectual deste que hoje recebe nossas homenagens e Homero e Horácio teceriam
loas a quem tanto honra o linguajar humano.
Se Heidegger afirmou que o vazio
sonoro é o maior dos erros por deslustrar o que o homem, ser pensante, tem de
mais característico e elevado, ele, por certo proclamaria que poucos se
equipararam ao Pe. Pedro Maciel Vidigal no que tange à Teoria e à Prática da
Filosofia da Linguagem por ele, deste modo, sumamente opulentadas.
A
glória da língua portuguesa que tem seu cume em Camões atingiu paramos
fulgurantes na riqueza literária deste que estamos homenageando.
A
grandiosidade de Vieira e a ternura de Bernardes confluem, fulgentemente, em
suas páginas imorredouras.
Louve
a Inglaterra os méritos de Byron, a Alemanha os de Goethe, a Itália os de
Manzoni, a França os de Victor Hugo, a Espanha os de Cervantes, que o Brasil
proclamará méritos não menos luminosos de Pe. Pedro Maciel Vidigal e, por que
não dizer, a igualar a todos eles na rijeza e lume na frase e demais arestas e
fogos no pensamento.
Pelo
adamantino de sua escrita à guisa de condor, ascendendo mais e mais no voo
audacioso e olhando sempre o Sol, de fito em fito, ele atingiu, de fato, sua
culminância na referida obra “No Horizonte da Imortalidade”, obra prima, opus
magnum, o coronal de todas as obras, que ficará para sempre nos anais do mais
profundo humanismo. Aí está, de fato, o homem superando a si mesmo no tempo,
tão destemido como Paulo de Tarso, tão poético como Francisco de Assis, podendo
proclamar com Paul Claudel: “Vivo à espera do encontro com Deus. E uma alegria
inexplicável me invade . *31
A
História Eclesiástica revela, que através dos tempos, grandes figuras do clero
se serviram de seus talentos para lutar por nobres causas como políticos
eméritos.
As
grandes facetas do gênio, as magnas balizas da ciência, as magníficas
cintilações da palavra, as luminosas culminações da glória, as estupendas
personificações da solidariedade, se contemplam nestes eclesiásticos que
iluminaram os parlamentos das mais diversas nações.
Nas
luminosas páginas da História da Igreja logo se percebe a dificuldade da
escolha entre tantos nomes emblemáticos, o que revela a profusão destes
patriotas a serviço do povo.
Sob
seus influxos a civilização avançou, a história se iluminou, o bem centuplicou,
a fé cintilou, a sociedade se opulentou, a humanidade se transfigurou, a vida
humana se dignificou.
Foi
o que aconteceu por toda parte e, no Brasil, por exemplo, na época do Império
com toda uma plêiade de bispos e sacerdotes ilustres que honraram e
dignificaram o Parlamento brasileiro.
Assim
tem sido sempre e também imerso nesse transluzentíssimo ideal patriótico,
professando a ciência, edificando a sociedade e servindo à civilização, se
ergue, como figura proeminente com sua valiosíssima parcela de contribuição
para a grandeza do Brasil, aquele que neste momento rendemos nossas vibrantes
homenagens.
Larga
folha de serviços à Igreja e à pátria o credencia a tanto.
Com
efeito, dos bons médicos se diz que possuem um notável olho clínico. Pe. Pedro
Maciel Vidigal, como político, sabia diagnosticar os acontecimentos e, por
isto, sempre agiu no momento oportuno, repassando verbas a quem bem as
empregaria com mãos honestas e dinâmicas.
O
que superioriza o caráter de um homem é a firmeza de princípios. Ser útil
obriga a ser bom; ser bom, leva a ser firme; ser firme, significa ser forte.
Daí vem a sabedoria: “Attingit sapientia a fine usque ad finem, et disponit
omnia suaviter”
- a sabedoria atinge, pois, fortemente desde uma extremidade a outra e dispõe
todas as coisas com ordem.
Foi
assim que, por longos anos labutou Pe. Pedro Maciel Vidigal. Não sem
sacrifícios, tanto é verdade que há na gentileza do caráter toda a alteza da
abnegação e na alteza da abnegação toda nobreza humana que não se curva jamais
diante da injustiça.
Ia-lhe
sempre a certeza de que a verdadeira medida do agir é a lei sabiamente
aplicada: “Juste fit quod lege permittente fit”.
Por
isto se impôs pelo serviço aos outros, guardando sempre uma atitude horaciana,
pois do poeta é a advertência que retrata todo bom político: “Aequam
memento servare
mentem” - lembrai-vos que deveis guardar a alma sempre igual. Isto ocorria
mesmo quando tinha que verberar veementemente falsos patriotas ou polemizar
aguerridamente com os profetas da mentira, como, por exemplo, combatendo
duramente o divórcio, o comunismo ateu e outros erros.
Nas
batalhas pela verdade soube sempre verter o melhor sangue de sua alma vibrante.
Uniu a energia do intelecto com a força do amor à doutrina evangélica. Então os
sentimentos eram ainda mais vivazes e uma paixão indomável arrasava a falsidade
e desmontava calúnias e inverdades, sobretudo se estas atingiam a santa Madre
Igreja.
Por
vezes, sempre naquele aprumo de independência com que os intelectuais mantêm
intemeratos os foros de sua pujança, apelava para uma ironia lapidada, mortal
para quem dela era objeto.
Tudo
isto, porém, atauxiava, magnificamente, a eficiência de sua conduta política.
Deste modo, nunca faltou aos graves assuntos da pátria e da religião.
Com
mesma razão com que Horácio falava de sua obra poética, poderia o Pe. Pedro
Maciel Vidigal proclamar, aludindo a sua obra de parlamentar, de historiador e
de literato “Exegi monumentum aere perennius – conclui um monumento
mais duradouro que o bronze” *33
Com
Paulo de Tarso, outrossim, pôde repetir: “Bonum certamen certavi, cursum consumavi et fidem servavi” (2 Tm 4,7). – "Combati o bom combate
(principalmente lutando contra a infiltração comunista no Brasil), terminei a
minha carreira (deixarei a Política de cabeça, erguida, muito erguida), guardei
a fé (em Deus, na Democracia e no bom futuro da Nação que é nossa)” *34
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1
Pedro Maciel Vidigal, Ação Política. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1971, p.
41- 44.
2
__________ Ibidem, p. 47.
3
__________ Esfolando uma calúnia – Discurso pronunciado em Brasília na Câmara
dos Deputados, Brasília, 1961, p. 23.
4
__________ Ibidem, p. 20.
5
__________ Retratos Literários, Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1981, p. 333.
6
__________ Ibidem, p. 345.
7
Apud Pedro Maciel Vidigal, Minha Terra e Minha Gente, Belo Horizonte, O
Lutador, 2003, p. 541.
8
Pedro Maciel Vidigal, Os Antepassados, Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1979 e
1980.
9
__________ Esfolando uma calúnia, op. cit. p. 22.
10
_________Retratos Literários, op. cit. p. 111
11
_________Religião, Política e Humanismo, Belo Horizonte, Imprensa Oficial,
1984, p. 297.
12_________Ibidem.
13
________ Retratos Literários, op.cit. p. 383-391.
14
________ Minha Terra e Minha Gente, op. cit. p. 449.
15
________ Retratos Literários, op. cit. p. 383.
16
Márcio Garcia Vilela. Um livro original in: Jornal Estado de Minas, 21.07.2001,
p. 7.
17
Pedro Maciel Vidigal. Retratos Literários, op. cit. p. 483.
18
________ Religião, Política e Humanismo, op. cit, p. 13.
19
________ Ibidem, p. 14.
20 ________ Ibidem, p. 16.
21
________ Ibidem, p. 18.
22
________ Retratos Literários, op. cit. p. 323.
23
________ Ibidem, p. 331 e 334
24
________ Apud Pedro Maciel Vidigal, Minha Terra e Minha Gente, op.cit. p.
509.
25
________ Discurso de Paraninfo in: Revista Rua Direita, Órgão oficial dos
Cursos de Licenciatura de Mariana, n. 5, Mariana, Editora D. Viçoso, 1978.
26
________ Religião, Política e Humanismo, op. cit. p. 13.
27_________
Ibidem, p. 34.
28
________ Ibidem, p. 47.
29
________Ibidem, p. 59.
30
Murilo Badaró. Em honra da Velhice in: Jornal Estado de Minas, 19.06.2001, p.
7.
31
Apud Pedro Maciel Vidigal, Minha Terra e Minha Gente, op.cit. p
522.
32
Pedro Maciel Vidigal, No Horizonte da Imortalidade. Belo Horizonte, Editora O
Lutador, 2001.
33
Horácio, liv. III, Ode 39, v.1.
34
_________ Ação Política, op. cit., p. 463 e 467.
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